sábado, 27 de novembro de 2010

PENALIZAÇÕES NA AVALIAÇÃO DO TAMANHO DO GLOSTER

Por Valeriano García Monero

A avaliação de qualquer raça de canários de postura, neste caso do gloster, efectua-se através de critérios muito simples e claros.

Por exemplo: o tamanho vale 20 potos na perfeição, no entanto se o gloster não cumprir com os 11 cm, o tamanho pode oscilar entre 11 a 14 cm.

Para que se perceba:

11, 00 cm – penaliza-se com 0 ficando a pontuação em 20 pontos

11, 50 cm – penaliza-se com -1 ficando a pontuação em 19 pontos

12, 00 cm – penaliza-se com -2 ficando a pontuação em 18 pontos

12, 50 cm – penaliza-se com -3 ficando a pontuação em 17 pontos

13, 00 cm – penaliza-se com -4 ficando a pontuação em 16 pontos

13, 50 cm – penaliza-se com -5 ficando a pontuação em 15 pontos

14, 00 cm – penaliza-se com -6 ficando a pontuação em 14 pontos




terça-feira, 23 de novembro de 2010

O PROBLEMA ACTUAL DO TAMANHO NO GLOSTER

POR: GIULIANO PASSIGNANI e JUAN MOLL CAMPS
Juízes de canários de Postura OMJ/COM


Ultimamente o tamanho do gloster é um tema actual de enorme debate e controvérsia entre os criadores e juízes de canários gloster, o mais popular das raças de postura lisa, dadas as suas excelentes qualidades reprodutoras.

Durante a última década, temos constatado de forma impávida ao constante aumento do tamanho, problema que teve origem no seu próprio país de origem, Inglaterra, e que se tem estendido por todos os países do continente europeu. A evolução do pássaro e o desejo por parte dos criadores de dota-lo de uma maior redondez e forma, foram a génese deste problema. Na busca de tais qualidades, o gloster foi cruzado com o Crest e Norwich que, efectivamente, proporcionaram maior redondez, volume e uma abundante plumagem com o consequente aumento de tamanho. Com isto, o Gloster pouco a pouco tem vindo a perder a agilidade que o caracterizava, com um constante movimento na gaiola de poleiro em poleiro.

Muito se tem escrito apoiando o critério que os juízes devem adoptar no momento do julgamento, o equilíbrio dos diferentes paramentos, primando a cabeça, forma e redondez do canário. Esta teoria fez esquecer ou descuidar os criadores para esta questão do tamanho. O objectivo era harmonizar as suas proporções.
Na reunião da OMU de Palaiseau (1999), com presença de juízes de Postura de todos os países membros da COM, a delegação inglesa manifestou que tinham tomado a decisão de fazer uma revisão do standard, impondo a redução do tamanho a 11 cm, como uma chamada de atenção aos criadores e juízes para a necessidade de reduzir o Gloster às suas características tradicionais. É importante lembrar que o país de origem de cada raça é aquele que impõe o standard.

Da mesma forma, em Itália, um elevado número de criadores apresentaram um manifesto ao clube do Gloster Italiano, denunciando os juízes por premiar Glosters cada vez maiores, revelando a sua decisão de não voltar a concorrer até se tomarem decisões sérias no intuito de resolver este “problema”

Relativamente a esta situação, esta é a nossa opinião particular baseada no standard:

- O gloster deve ter um tamanho pequeno

- É evidente que quase todos os aficionados do gloster estão a criar canarios excessivamente grandes que acabam por ser premiados.

- As exposições carecem de pássaros de pequeno tamanho, condicionando os juizes que acabam por premiar as aves maiores que se destacam pelo seu conjunto.

- Raramente aves de pequeno tamanho tem a redondez procurada pelos criadores (Cabeça-Forma-Corpo); menos volume e qualidade de plumagem em relação a aves maiores.

- Os juízes devem ser rigorosos com o que exige o standard, penalizando paulatinamente e advertindo o criador. Temos uma grande responsabilidade.

- Analisando os conceitos do plano de avaliação, o parâmetro correspondente ao tamanho vale 15 pontos sendo justamente penalizado, mas, regra geral, os outros parâmetros importante somam 55 pontos, acabando por ser favorecidos.

- Ao reduzir o tamanho, na nossa opinião, o standard inglês deveria aumentar para 20 pontos neste parâmetro.

- A excessiva redondez e as cabeças volumosas são impróprias do gloster consort, sendo características do Norwich, assim como as coroas demasiado grandes provenientes do Crest.

- A resolução desta questão passa pelos próprios criadores que devem seleccionar as aves mais pequenas, não pondo a criar os pássaros de tamanho excessivo. Apenas assim se dará o primeiro passo para que o gloster comece a ser o mesmo.

- No mundial de 2001, entrou em vigor a norma da COM que fixa o tamanho em 11 cm, medida imposta com o intuito de parar o aumento do tamanho. Esta medida foi aprovada por unanimidade de todos os países representados em Palaiseau.

- Seria muito interessante que se criassem em todos os países órgãos de controle e formação para criadores e juízes, com envolvimento das associações. As comissões técnicas deveriam tomar a iniciativa e no final de cada temporada de exposições avaliar os resultados.

- É necessário devolver ao gloster a sua elegância, vivacidade e agilidade de movimento, recuperar a sua forma e pequenez, de modo que a que seja devolvida a sua simpatia e o justo equilíbrio.

- É uma tarefa árdua, difícil e a longo prazo que nos cabe a todos. É um trabalho apaixonante que o tempo saberá premiar.

- A redução do tamanho leva de maneira inevitável à selecção de reprodutores de plumagem curta e, logicamente será necessário prescindir de certos valores nomeadamente da forma e redondez. O gloster com plumagem intensiva deve ter um papel importante.

- O Juiz Gastoni Masini, experiente criador de gloster com vários títulos mundiais, escreve com coragem e com uma extraordinária dose de optimismo: “acredito que é possível obter aves com tamaño de 11 cm, sem perdas significativas dos parámetros ja melhorados”


Com este trabalho não queremos criar nenhum tipo de alarmismo ou desalento entre os criadores. Simplesmente pretende-se expressar a situação real, dando as opiniões que nos parecem necessárias adoptar se quisermos recuperar o gloster tradicional.

terça-feira, 16 de novembro de 2010