segunda-feira, 9 de agosto de 2010

GLOSTER

Actualmente encontramo-nos, quanto a mim, numa fase um pouco confusa quanto ao que deve ser um bom gloster. Espero que este texto venha ajudar a clarificar o que é um bom gloster. Um bom gloster tanto tem de ser bom no GCP como na COM.

Muitos criadores e expositores, como eu, estão preocupados com a dramática mudança que na minha opinião está a destruir este hobbie.

Tem-se assistido nos últimos 5 ou 6 anos, a cada vez mais ênfase na qualidade da plumagem esquecendo porém o tipo, e isto na minha opinião está a sufocar este hobbie. A cada vez maior ênfase na qualidade da plumagem em oposição ao tipo, está a fazer com que muitos colegas estejam a desistir, em particular os noviços, pois cada vez mais confusos com os diferentes exemplares apresentados e justificados pelos mais diversos criadores. Conheço alguns casos, que mediante certas influências dadas por criadores, puseram em prática a opinião dos mesmos e arruinaram o seu canaril num ano, sendo consequência o desistir ou o tentar remediar os danos causados.

A verdade é que, infelizmente, também se vê este tipo de glosters a vencer exposições no final, então não serão com toda a certeza só alguns expositores que se encontram equivocados, mas também os juízes.

Nunca poderemos esquecer que o Gloster é um canário de porte/forma e não um canário de plumagem. Se alguém defende este tipo de gloster, eu penso que é apenas, porque os mesmos não conseguem aproximar-se do standard do gloster, criando definitivamente bons glosters, e então criam o que podem e sabem, glosters sem pescoço, cabeça ou coroas pequenas, pouco corpo, pescoço estreito, etc., ou seja não criam glosters, e se não criam glosters, talvez fosse melhor inventar um outro nome e deixarem o Gloster são e salvo, destas confusões.

Ouvi algumas pessoas em Inglaterra, que querem mudar o standad usado pelo IGBA, porque justificam que o mesmo nunca foi atingido, isto é, nunca foi criado nenhum gloster perfeito. Então, se ninguém criou o gloster perfeito, porquê mudar o standard? Ou será que o que pretendem dizer é, vamos mudar o standard do gloster tendo em conta a plumagem para poder dizer que isto que temos é gloster.

Estou envolvido na criação e desenvolvimento da raça há 38 anos, e vi muitas mudanças acontecerem na raça, sendo a maioria favoráveis para a raça, mas penso que a ideia de mudar o standad pode pôr em perigoo gloster no futuro, e não se esqueçam, que os principiantes são noviços, amanhã serão os nossos Campeões.

Excerto de artigo escrito pelo sócio Glenn Beach

fotos retiradas do site www.best-gloster.com

terça-feira, 3 de agosto de 2010

CORONA X CORONA

Por vezes não é fácil para os leigos perceberem porque razão não é aconselhado o cruzamento de duas aves com corona. A explicação é que o factor “corona” é um gene dominante, a dominância de um gene em relação a outro exprime-se pelo facto de um canário heterozigótico para esse gene se exprimir fenotipicamente para esse gene. De uma forma mais simples, um canário que tenha um gene “corona” no seu património genético terá corona. A particularidade dos genes dominates é que eles são letais no estado homozigótico. O embrião que possua o gene corona duas vezes (CC) não será viável. O acasalamento de dois canários coronas é por isso um risco. O quadro seguinte ajuda a perceber melhor o resultado do acasalamento Corona x Corona.